Confira 5 dos aracnídeos mais curiosos que existem pelo mundo.
Embora muita gente morra de medo de aranhas, a verdade é que elas são animais extraordinários. Apesar de serem venenosos e do pavor que causam, apenas alguns desses bichinhos oferecem riscos aos humanos. Na verdade, existem inúmeras pesquisas em andamento relacionadas com as toxinas que elas produzem e com suas incríveis teias para possíveis aplicações na medicina e em diversas tecnologias.
Além disso, caso você não saiba, as aranhas ocupam o sétimo lugar em número de variedade de espécies no Reino Animal e conseguiram fixar residência em todos os continentes do planeta — com exceção da Antártida. Portanto, com tamanha variedade espalhada pelo mundo, é óbvio que não poderiam faltar exemplares pra lá de curiosos por aí. Confira 5 deles a seguir:
1 – Cebrennus rechenbergi
Nativa do deserto de Erg Chebbi, situado no sudoeste do Marrocos, a Cebrennus rechenbergi é uma espécie de aranha que só foi descrita cientificamente em 2014, e cujo corpinho não chega a medir nem dois centímetros. E o que é que esse bichinho tem de tão especial?
Pois é, caro leitor, quando se sentem ameaçadas, as aranhas da espécie C. rechenbergi fogem de seus predadores dando saltos mortais. las podem chegar a percorrer cerca de dois metros por segundo — que o dobro do que elas conseguiriam cobrir se locomovendo normalmente. E tem mais: as bichinhas também conseguem rodopiar.
2 – Caerostris darwini
Endêmicas de Madagascar, as Caerostris darwini são famosas por suas engenhosas e resistentes teias — e pelo inusitado comportamento que os machos apresentam durante o acasalamento. Antes de começar o “rala e rola” propriamente dito, os machos costumam mordiscar os genitais das fêmeas e imobilizá-las com suas teias.
Outra coisa que acontece é que os machos deixam seus órgãos genitais no interior do corpo das pretendentes para evitar que elas acasalem com outros parceiros — e possivelmente para ter tempo de fugir antes que as aranhas se soltem das teias e os devorem, que é o que as fêmeas fazem quando têm oportunidade.
3 – Cyrtarachne inaequalis
As aranhas da espécie Cyrtarachne inaequalis podem ser encontradas na Índia, China, Coreia e Myanmar e fazem algo que os cientistas não conseguiram entender ainda: seus corpinhos diminutos pulsam de forma meio psicodélica.
O abdome das C. inaequalis apresenta uma “movimentação pulsante que parece mostrar os órgãos internos desses bichinhos trabalhando através de uma membrana translúcida”. Ninguém soube explicar ainda como e com qual propósito as aranhas fazem essa curiosa exibição, mas alguns cientistas argumentam que ela talvez sirva para atrair presas e afugentar predadores.
4 – Scytodes
Scytodes, na verdade, não é nome de uma espécie, mas sim de um gênero de aranhas que podem ser encontradas por todo o mundo. E o que é que elas fazem que as tornam diferentes das demais? Esses aracnídeos também são conhecidos “aranhas cuspidoras”.
As aranhas desse gênero costumam capturar suas presas lançando um par de filamentos de teia embebidos em veneno que ziguezagueiam até o alvo a velocidades que podem chegar a quase 100 km/h! Como se fosse pouco, esses fios ainda são supergrudentos e, depois que a vítima se encontra toda enroscada, as fibras secam e encolhem de tamanho, deixando o animal completamente preso — e prontinho para que as Scytodes apliquem uma dose mortal de veneno.
5 – Dolomedes
Você sabia que existe um gênero de aranhas que são capazes de flutuar na água? Do gênero Dolomedes, esses aracnídeos podem ser encontrados na Austrália (é lógico!) e na Nova Zelândia, assim como em algumas partes da Europa e dos EUA, e seus corpinhos são cobertos por uma camada hidrofóbica que permite que eles fiquem tranquilamente na superfície — de onde eles “pescam” suas vítimas!
Com relação às “vítimas”, as Dolomedes usam os pelinhos que cobrem suas patas para sentir as vibrações na água que indicam a aproximação e a localização de uma possível presa. E, embora elas geralmente se alimentem de girinos e insetos aquáticos, essas aranhas não dispensam pequenos peixes também — e são capazes de mergulhar até 18 centímetros de profundidade para capturá-los