Bióloga Dra. Clair Aparecida Viecelli*
Biólogo Esp. Nelson Pagno Moreira**
Graduanda em Biologia Ulyana Meister de Resena***
*Diretora Técnica da Dedetizadora Brio Limp
** Diretor Administrativo da Dedetizadora Brio Limp
***Bolsista de Pesquisa da Dedetizadora Brio Limp
As baratas vivem em frestas e bueiros, lugares escuros e úmidos, estão em praticamente todos os ambientes. Tem uma alimentação variada e são capazes de emitir um odor repugnante por uma glândula situada entre o 5º e 6º segmento abdominal e é mais desenvolvido no macho (GALLO, 2002).
Mas por que algumas pessoas não sentem o cheiro e já outras pessoas sentem o odor desagradável de longe? O que muitos não sabem é que existem pesquisas realizadas que confirmam que há influências genéticas que são capazes de alterar o olfato e o paladar de uma pessoa.
Segundo Fabio Papes, biólogo, professor da Universidade Estadual de Campinas (2017) os sentidos são distintos para cada pessoa, uma vez que suas fisiologias são diferentes, e porque a própria construção celular de seus órgãos dos sentidos não é igual, logo cada ser humano é único no ponto de vista sensorial.
Por exemplo: há mecanismos genéticos que podem fazer com que algumas pessoas odeiem alguns vegetais como os crucíferos (agrião, brócolis, repolho) por sentir um gosto extremamente amargo e outras pessoas não sentirão esse gosto por não apresentarem esses receptores (PEDROSA; LOPES. 2019, p. 129)
Mas, e o odor da barata? Será que existe influências genéticas em relação a isso? O que se sabe até os dias atuais é que o olfato também pode apresentar essas variações genéticas. Fabio Papes (2017) conclui pode existir mais de 5% dos genes presentes no DNA humano são dedicados a produzir uma diversidade de receptores moleculares que caracterizam os neurônios olfatórios, ou seja, algumas pessoas irão sentir um odor mais forte e outras não vão nem sentir.
A bióloga norte-americana Barbara Trask, do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa sobre o Câncer, em Seattle, explica que existem casos de mutações em genes de receptores olfativos podem tornar pessoas insensíveis a certos odores, essa condição é conhecida como anosmia. Mas quando causa mudanças menos drásticas essa variação gera diferenças em como as pessoas percebem cheiros. Então, se você não sente o cheiro da barata, não se assuste, são apenas a influência de seus genes no seu sistema olfativo.
Dra Clair, bióloga que trabalha a 20 anos com controle de pragas urbanas, ressalta que ambientes com presença de baratas geralmente tem relação com falhas nas Boas Praticas de Fabricação e Manipulação de produtos, sendo necessário a implantação do CIP – Controle Integrado de Pragas de acordo com a Resolução do Ministério da Saúde RDC 52/2009 e o ajuste dos processos internos da indústria ou do comércio, conforme orientação e acompanhamento da equipe técnica especializada da Brio Limp.
Referências Bibliográficas
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BATISTA, G. C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C.
Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, p. 34, 2002.
PEDROSA, P; LOPES, R, J.
Darwin sem frescura: como a ciência evolutiva ajuda a explicar algumas polemicas da atualidade. Rio de janeiro. Editora HarperCollins, 2019, p.129.
Pesquisa FAPESP.
Variações do olfato: influências genéticas e ambientais determinam a construção do órgão sensorial no fundo do nariz. 2017. Disponível em:
https://revistapesquisa.fapesp.br/variacoes-do-olfato/ acesso: 11 de novembro de 2021.
Pesquisa FAPESP.
Os mistérios do cheiro. Brasileira ajuda a desvendar as bases neurológicas e genéticas do olfato. Disponível em: <
https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2009/01/16-21_155.pdf> acesso: 12 de novembro de 2021.