Bióloga Dra. Clair Aparecida Viecelli*
Biólogo Esp. Nelson Pagno Moreira**
Graduanda em Biologia Ulyana Meister de Resena***
*Diretora Técnica da Dedetizadora Brio Limp
** Diretor Administrativo da Dedetizadora Brio Limp
***Bolsista de Pesquisa da Dedetizadora Brio Limp
O cupim, inseto no qual é conhecido como praga da madeira, é da ordem Blattodea, vive em sociedade e se alimenta de matéria orgânica do solo, folhas mortas, liquens ou madeira, por fazer a digestão de celulose através do processo de decomposição, são excelentes para o solo, fazem a ciclagem de nutrientes e, consequentemente, a formação do solo. Os cupins que se alimentam de madeira, possuem protozoários simbiontes que fazem a decomposição da celulose. Estima-se que exista cerca de 500 espécies no Brasil (RAFAEL, et al, 2012, p. 312).
Os cupins são divididos em operárias, soldados e reprodutores. As operárias geralmente não apresentam olhos e nem órgãos reprodutores; são responsáveis pela coleta do alimento e construção do ninho. Já os soldados defendem a colônia, com mandibulares resistentes. Os reprodutores possuem asas (perdem depois da cópula), olhos compostos desenvolvidos, há uma época do ano que haverá uma grande quantidade de reprodução de cupins, geralmente em estações chuvosas (BRUSCA, BRUSCA, 2007, p. 620).
Há espécies que vivem apenas na madeira, sem invadir outros lugares, outras espécies fazem tuneis pelo solo e colonizam outras peças. Os cupinzeiros podem ser simples com uma parede frágil, formado por material fecal ou podem ser mais resistentes com várias galerias (RAFAEL, et al, 2012, p. 315).
Em nossas casas podem causar grandes prejuízos, a partir de arvores infestadas o aumento no número de cupins podem se tornar prejudicial ao imóvel, quanto mais antigo, maior a frequência de infestação, talvez pelo fato de haver um maior tempo para a ocupação pelas colônias (COSTA, et al, 2009, p. 366).
Segundo o Ministério da saúde do Paraná (2015) algumas medidas preventivas são necessárias para fazer o controle, como retirar o madeiramento usado após o término da obra, evitando possíveis infestações no imóvel; em bibliotecas e arquivos, usar sempre que possível, estantes metálicas; providenciar o tratamento de móveis infestados. Também é indicado fazer o controle dos cupins, através de empresas que fazem a descupinização, certificando assim uma maior eficiência no controle.
Referências Bibliográficas
BRUSCA, R. BRUSCA, G. Invertebrados. Rio de Janeiro. 2ª edição. p. 620. 2007.
COSTA, D. A. et al. Padrão de distribuição de cupins na região urbana de Goiânia. Iheringia. Série Zoologia, v. 99, p. 366, 2009.
Governo do estado do Paraná. Secretária da saúde. Resolução SESA nº 374/2015. Medida preventivas para o controle de cupins. p. 27 Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/resolucao3742015.pdf> acesso: 20 de outubro de 2021.
RAFAEL, J, A; MELO, G, A. R; CARVALHO, C, J. B; CASARI, S, A; CONSTANTINO, R.; Insetos do brasil: diversidade e taxonomia. Ribeirão Preto. Holos Editora, p. 312-315. 2012.